Agronegócio

11 ago 17 | 11h09 Por Rádio Aliança

BRF registra prejuízo líquido de R$ 167,3 milhões no segundo trimestre

Operação Carne Fraca é apontada como um dos principais fatores para o prejuízo.

BRF registra prejuízo líquido de R$ 167,3 milhões no segundo trimestre
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A BRF reportou prejuízo líquido de 167,3 milhões de reais no segundo trimestre de 2017, ante o resultado positivo de 31 milhões de reais apresentado no mesmo período de 2016. Segundo a empresa o resultado, divulgado na última quinta-feira, foi impactado por eventos não recorrentes. Entre estes, 117,7 milhões de reais relacionados à perdas operacionais decorrentes da Operação Carne Fraca, tais como devoluções, fretes e armazenagem adicionais, ajuste no valor dos estoques, entre outros.

No relatório de resultados, a empresa afirma que o início do trimestre foi marcado por volumes fracos ainda como uma consequência da operação da Polícia Federal, principalmente nos mercados internacionais, mas que isso foi mitigado ao longo do trimestre. A empresa teve funcionários seus indiciados após investigação da PF que apura se houve fraudes em inspeção sanitária, com possível participação de agentes do Ministério da Agricultura. A operação foi deflagrada em março.

Sobre o desempenho no Brasil, a BRF afirmou que, apesar de o consumo continuar reprimido, houve recuperação de volumes ao longo de maio e junho, em relação ao primeiro trimestre. “Mais do que apenas recuperar volumes, conseguimos reverter a tendência de perda de “share” e ganhamos 0,8 pontos porcentuais de participação no mercado total”, informou a empresa.

A BRF vendeu 495.000 toneladas de produtos no país no segundo trimestre, praticamente em linha com o comercializado no mesmo período do ano anterior. A receita líquida das operações brasileiras foi de 3,534 bilhões de reais, queda de 0,9% ante a de 3,566 bilhões de reais do segundo trimestre de 2016. O preço médio dos produtos vendidos pela BRF cedeu 0,9% na mesma base de comparação, para 7,13 reais por quilo.

Outros mercados

Na divisão OneFoods, que corresponde à atuação no Oriente Médio e norte da África, a BRF vendeu 258 mil toneladas no segundo trimestre, alta de 6,9% na comparação anual, com uma receita de 1,577 bilhão de reais, recuo de 1,4%. “A OneFoods ainda possui desafios com estoques acima da média, que atrasam o efeito da redução dos preços de grãos”, afirmou a BRF.

A empresa citou ainda o cenário competitivo ainda acirrado e o aumento de imposto de importação na Arábia Saudita (que nesse trimestre, impacta sobre 100% dos volumes). “Apesar disso, vemos uma dinâmica de preços começando a melhorar com a redução gradual da oferta e dos estoques na região”.

A dívida líquida da BRF aumentou para 13,79 bilhões de reais no encerramento do segundo trimestre de 2017, ante 12,24 bilhões de reais no fechamento do primeiro trimestre deste ano. Conforme a empresa, alguns fatores bastante específicos elevaram o endividamento como o desembolso de 556 milhões de reais para a aquisição da Banvit e Invicta. Com isso, o grau de alavancagem, medido pela dívida líquida e Ebitda, foi de 4,24 vezes no primeiro trimestre deste ano, para 4,90 vezes no segundo trimestre deste ano.

(Estadão Conteúdo)

11 ago 17 | 11h09 Por Rádio Aliança

BRF registra prejuízo líquido de R$ 167,3 milhões no segundo trimestre

Operação Carne Fraca é apontada como um dos principais fatores para o prejuízo.

BRF registra prejuízo líquido de R$ 167,3 milhões no segundo trimestre

A BRF reportou prejuízo líquido de 167,3 milhões de reais no segundo trimestre de 2017, ante o resultado positivo de 31 milhões de reais apresentado no mesmo período de 2016. Segundo a empresa o resultado, divulgado na última quinta-feira, foi impactado por eventos não recorrentes. Entre estes, 117,7 milhões de reais relacionados à perdas operacionais decorrentes da Operação Carne Fraca, tais como devoluções, fretes e armazenagem adicionais, ajuste no valor dos estoques, entre outros.

No relatório de resultados, a empresa afirma que o início do trimestre foi marcado por volumes fracos ainda como uma consequência da operação da Polícia Federal, principalmente nos mercados internacionais, mas que isso foi mitigado ao longo do trimestre. A empresa teve funcionários seus indiciados após investigação da PF que apura se houve fraudes em inspeção sanitária, com possível participação de agentes do Ministério da Agricultura. A operação foi deflagrada em março.

Sobre o desempenho no Brasil, a BRF afirmou que, apesar de o consumo continuar reprimido, houve recuperação de volumes ao longo de maio e junho, em relação ao primeiro trimestre. “Mais do que apenas recuperar volumes, conseguimos reverter a tendência de perda de “share” e ganhamos 0,8 pontos porcentuais de participação no mercado total”, informou a empresa.

A BRF vendeu 495.000 toneladas de produtos no país no segundo trimestre, praticamente em linha com o comercializado no mesmo período do ano anterior. A receita líquida das operações brasileiras foi de 3,534 bilhões de reais, queda de 0,9% ante a de 3,566 bilhões de reais do segundo trimestre de 2016. O preço médio dos produtos vendidos pela BRF cedeu 0,9% na mesma base de comparação, para 7,13 reais por quilo.

Outros mercados

Na divisão OneFoods, que corresponde à atuação no Oriente Médio e norte da África, a BRF vendeu 258 mil toneladas no segundo trimestre, alta de 6,9% na comparação anual, com uma receita de 1,577 bilhão de reais, recuo de 1,4%. “A OneFoods ainda possui desafios com estoques acima da média, que atrasam o efeito da redução dos preços de grãos”, afirmou a BRF.

A empresa citou ainda o cenário competitivo ainda acirrado e o aumento de imposto de importação na Arábia Saudita (que nesse trimestre, impacta sobre 100% dos volumes). “Apesar disso, vemos uma dinâmica de preços começando a melhorar com a redução gradual da oferta e dos estoques na região”.

A dívida líquida da BRF aumentou para 13,79 bilhões de reais no encerramento do segundo trimestre de 2017, ante 12,24 bilhões de reais no fechamento do primeiro trimestre deste ano. Conforme a empresa, alguns fatores bastante específicos elevaram o endividamento como o desembolso de 556 milhões de reais para a aquisição da Banvit e Invicta. Com isso, o grau de alavancagem, medido pela dívida líquida e Ebitda, foi de 4,24 vezes no primeiro trimestre deste ano, para 4,90 vezes no segundo trimestre deste ano.

(Estadão Conteúdo)