Economia

12 mai 17 | 10h39 Por Rádio Aliança

PF investiga fraude em empréstimo bilionário do BNDES à JBS

Operação foi deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 12 de maio

PF investiga fraude em empréstimo bilionário do BNDES à JBS
Imprimir

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 12 de maio, uma operação que investiga fraudes e irregularidades em aportes concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através de seu braço de investimentos BNDESPar, a uma grande empresa do ramo de proteína animal, que, segundo uma fonte da PF, seria a gigante JBS.

 

Os aportes, realizados a partir de junho de 2007, tinham como objetivo a aquisição de empresas também do ramo de frigoríficos no valor total de 8,1 bilhões de reais, disse uma nota da Polícia Federal sem citar a empresa. 

 

A fonte da PF, que falou na condição de anonimato, cita ainda a firma de consultoria do ex-ministro Antonio Palocci como suspeita de envolvimento. “Realizadas após a contratação de empresa de consultoria ligada a um parlamentar à época, as operações de desembolso dos recursos públicos tiveram tramitação recorde”, disse a PF em nota, sem citar o nome da consultoria.

 

“Além disso, essas transações foram executadas sem a exigência de garantias e com a dispensa indevida de prêmio contratualmente previsto, gerando um prejuízo de aproximadamente 1,2 bilhão de reais aos cofres públicos”.

 

A operação foi chamada “Bullish” –referência à tendência de valorização gerada entre os operadores do mercado financeiro em relação aos papéis da empresa investigada devido ao aporte do BNDES, segundo a polícia.

 

Foram expedidos pela Justiça 37 mandados de condução coercitiva e 20 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além de medidas de indisponibilidade de bens de pessoas físicas e jurídicas que participam direta ou indiretamente da composição acionária do grupo empresarial investigado.

 

A JBS, maior processadora de carnes do mundo, e o BNDES não responderam de imediato a pedidos de comentário enviados pela Reuters. Não foi possível contatar imediatamente a defesa do ex-ministro Palocci, que está preso respondendo acusações relacionadas à operação Lava Jato.

 

A JBS faz parte da holding de investimentos J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Os dois empresários foram proibidos pela Justiça no ano passado de comandar empresas em decorrência de uma outra operação da PF, a Greenfield, e só foram liberados da restrição após a J&F aceitar apresentar garantia financeira de 1,5 bilhão de reais.

 

Em março deste ano, a Justiça Federal de Brasília determinou o afastamento de Joesley Batista da presidência do conselho da J&F por ter descumprido termo de acordo no âmbito da operação Greenfield, que investiga suspeitas de irregularidades em fundos de pensão de estatais envolvendo a holding J&F.   

 

Apesar de não citar a empresa, a Polícia Federal disse no comunicado sobre a operação Bullish que os controladores do grupo investigado estão proibidos, em razão de decisão judicial, de promoverem qualquer alteração societária na empresa investigada e de se ausentar do país sem autorização judicial prévia.

 

A Polícia Federal informou ainda que monitora cinco investigados que se encontram atualmente em viagem ao exterior.

 

Fonte: Exame.com

12 mai 17 | 10h39 Por Rádio Aliança

PF investiga fraude em empréstimo bilionário do BNDES à JBS

Operação foi deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 12 de maio

PF investiga fraude em empréstimo bilionário do BNDES à JBS

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 12 de maio, uma operação que investiga fraudes e irregularidades em aportes concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através de seu braço de investimentos BNDESPar, a uma grande empresa do ramo de proteína animal, que, segundo uma fonte da PF, seria a gigante JBS.

 

Os aportes, realizados a partir de junho de 2007, tinham como objetivo a aquisição de empresas também do ramo de frigoríficos no valor total de 8,1 bilhões de reais, disse uma nota da Polícia Federal sem citar a empresa. 

 

A fonte da PF, que falou na condição de anonimato, cita ainda a firma de consultoria do ex-ministro Antonio Palocci como suspeita de envolvimento. “Realizadas após a contratação de empresa de consultoria ligada a um parlamentar à época, as operações de desembolso dos recursos públicos tiveram tramitação recorde”, disse a PF em nota, sem citar o nome da consultoria.

 

“Além disso, essas transações foram executadas sem a exigência de garantias e com a dispensa indevida de prêmio contratualmente previsto, gerando um prejuízo de aproximadamente 1,2 bilhão de reais aos cofres públicos”.

 

A operação foi chamada “Bullish” –referência à tendência de valorização gerada entre os operadores do mercado financeiro em relação aos papéis da empresa investigada devido ao aporte do BNDES, segundo a polícia.

 

Foram expedidos pela Justiça 37 mandados de condução coercitiva e 20 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além de medidas de indisponibilidade de bens de pessoas físicas e jurídicas que participam direta ou indiretamente da composição acionária do grupo empresarial investigado.

 

A JBS, maior processadora de carnes do mundo, e o BNDES não responderam de imediato a pedidos de comentário enviados pela Reuters. Não foi possível contatar imediatamente a defesa do ex-ministro Palocci, que está preso respondendo acusações relacionadas à operação Lava Jato.

 

A JBS faz parte da holding de investimentos J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Os dois empresários foram proibidos pela Justiça no ano passado de comandar empresas em decorrência de uma outra operação da PF, a Greenfield, e só foram liberados da restrição após a J&F aceitar apresentar garantia financeira de 1,5 bilhão de reais.

 

Em março deste ano, a Justiça Federal de Brasília determinou o afastamento de Joesley Batista da presidência do conselho da J&F por ter descumprido termo de acordo no âmbito da operação Greenfield, que investiga suspeitas de irregularidades em fundos de pensão de estatais envolvendo a holding J&F.   

 

Apesar de não citar a empresa, a Polícia Federal disse no comunicado sobre a operação Bullish que os controladores do grupo investigado estão proibidos, em razão de decisão judicial, de promoverem qualquer alteração societária na empresa investigada e de se ausentar do país sem autorização judicial prévia.

 

A Polícia Federal informou ainda que monitora cinco investigados que se encontram atualmente em viagem ao exterior.

 

Fonte: Exame.com