Política

30 mar 17 | 14h01 Por Rádio Aliança

Ex-deputado Eduardo Cunha é condenado a 15 anos de prisão

Ação envolve o pagamento de propina na compra do campo petrolífero de Benin, na África, em 2011

Ex-deputado Eduardo Cunha é condenado a 15 anos de prisão
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O juiz federal Sergio Moro condenou, nesta quinta-feira, 30 de março, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) por crimes de corrupção, de lavagem e de evasão fraudulenta de divisas a 15 anos e quatro meses de prisão. Condenado pela primeira vez na Lava-Jato, a ação envolve o pagamento de propina na compra do campo petrolífero de Benin, na África, em 2011.

 

Moro determinou que "deverá Eduardo Cosentino da Cunha responder preso cautelarmente eventual fase recursal". Além do cumprimento da pena em regime fechado, a decisão prevê pagamento de multa — em valor a ser somado. A defesa de Cunha informou que vai recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre.

 

"A responsabilidade de um parlamentar federal é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato parlamentar e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio. Agiu, portanto, com culpabilidade extremada, o que também deve ser valorado negativamente", escreveu Moro na sentença.

 

Os valores da propina a Cunha teriam saído da compra, pela Petrobras, de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo em Benin, na África, no valor de US$ 34,5 milhões. O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.

 

Segundo a sentença, "a prática do crime corrupção envolveu o recebimento de cerca de US$ 1,5 milhão, considerando apenas a parte por ele recebida, o que é um valor bastante expressivo, atualmente de cerca de R$ 4.643.550,00". 

 

O prejuízo estima à Petrobras, pela compra do campo de petróleo, afirmou Moro, é de cerca de US$ 77,5 milhões, segundo a Comissão Interna de Apuração da estatal.

 

Eduardo Cunha foi preso preventivamente em outubro de 2016, em Brasília, quando sua casa também foi vasculhada pela Polícia Federal. A mulher de Eduardo Cunha, Cláudia Cruz, também é alvo da Lava-Jato. A investigação apontou que mais de US$ 1 milhão da propina que o peemedebista teria recebido sobre contrato da Petrobras no campo petrolífero de Benin, foram gastos por ela em compras de luxo na Europa. Cláudia adquiriu sapatos, bolsas e roupas de grife na França, Itália e em outros países europeus.

 

Fonte: ClicRBS

30 mar 17 | 14h01 Por Rádio Aliança

Ex-deputado Eduardo Cunha é condenado a 15 anos de prisão

Ação envolve o pagamento de propina na compra do campo petrolífero de Benin, na África, em 2011

Ex-deputado Eduardo Cunha é condenado a 15 anos de prisão

O juiz federal Sergio Moro condenou, nesta quinta-feira, 30 de março, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) por crimes de corrupção, de lavagem e de evasão fraudulenta de divisas a 15 anos e quatro meses de prisão. Condenado pela primeira vez na Lava-Jato, a ação envolve o pagamento de propina na compra do campo petrolífero de Benin, na África, em 2011.

 

Moro determinou que "deverá Eduardo Cosentino da Cunha responder preso cautelarmente eventual fase recursal". Além do cumprimento da pena em regime fechado, a decisão prevê pagamento de multa — em valor a ser somado. A defesa de Cunha informou que vai recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre.

 

"A responsabilidade de um parlamentar federal é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato parlamentar e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio. Agiu, portanto, com culpabilidade extremada, o que também deve ser valorado negativamente", escreveu Moro na sentença.

 

Os valores da propina a Cunha teriam saído da compra, pela Petrobras, de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo em Benin, na África, no valor de US$ 34,5 milhões. O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.

 

Segundo a sentença, "a prática do crime corrupção envolveu o recebimento de cerca de US$ 1,5 milhão, considerando apenas a parte por ele recebida, o que é um valor bastante expressivo, atualmente de cerca de R$ 4.643.550,00". 

 

O prejuízo estima à Petrobras, pela compra do campo de petróleo, afirmou Moro, é de cerca de US$ 77,5 milhões, segundo a Comissão Interna de Apuração da estatal.

 

Eduardo Cunha foi preso preventivamente em outubro de 2016, em Brasília, quando sua casa também foi vasculhada pela Polícia Federal. A mulher de Eduardo Cunha, Cláudia Cruz, também é alvo da Lava-Jato. A investigação apontou que mais de US$ 1 milhão da propina que o peemedebista teria recebido sobre contrato da Petrobras no campo petrolífero de Benin, foram gastos por ela em compras de luxo na Europa. Cláudia adquiriu sapatos, bolsas e roupas de grife na França, Itália e em outros países europeus.

 

Fonte: ClicRBS