Estado

03 dez 16 | 16h30 Por Rádio Aliança

Cerca de 20 mil dão adeus às vítimas de acidente na Arena Condá

Mesmo com a chuva, população comparece ao estádio e arredores para se despedir dos mortos em desastre aéreo.

Cerca de 20 mil dão adeus às vítimas de acidente na Arena Condá
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Chapecó deu um último adeus às vítimas do acidente da Chapecoense durante a cerimônia de homenagem na tarde deste sábado, dia três, no estádio Arena Condá. Sob forte chuva, o velório teve duração de três horas e foi marcado por mensagens de gratidão e esperança. Ao final, o publicou vibrou e cantou junto o famoso grito da torcida: "vamos, vamos Chape! Vamos, vamos Chape!".

Após as honras militares no desembarque no aeroporto Serafin Enoss Bertaso, às 11h15, os caixões foram levados em caminhões abertos num cortejo fúnebre de uma hora e 20 minutos pelas principais vias da cidade. Os caixões chegaram por volta de 12h no estádio e, um a um, levados até o gramado em área reservada para familiares e amigos dos jogadores e da equipe técnica do time.

O presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, foi o primeiro a discursar na cerimônia e pediu aos torcedores que mantenham a esperança e honrem seus heróis. Ele assegurou que o time vai continuar. Vestindo a camisa do Atlético Nacional, o prefeito de Chapecó Luciano Buligon agradeceu o povo colombiano por todo auxílio. O presidente Michel Temer e o governador Raimundo Colombo participaram da cerimônia, mas não se pronunciaram.

Cerca de 20 mil pessoas compareceram à Arena Condá para o velório coletivo. Um dos momentos emocionantes foi quando o mascote da Chapecoense, o indiozinho Carlos Miguel, de 5 anos, entrou no estádio. Alguns familiares entraram na sequência vestindo camisetas brancas com os nomes das vítimas. Um balão branco foi solto ao passo que cada vítima ia sendo anunciada. 

Antes do início da cerimônia, a mãe do goleiro Danilo, dona Ilaídes Padilha, conhecida por confortar um repórter ao vivo, foi uma das mais aplaudidas pela torcida. Moradores da cidade e torcedores, não só da Chapecoense, mas de tantos outros times do Brasil e do mundo, observaram a cerimônia da arquibancada. Telões também foram montados no estádio. 

O ex-jornalista da Rede Globo Cid Moreira leu dois trechos bíblicos durante a homenagem. O bispo da Diocese de Chapecó, Dom Odelir José Magri, leu uma mensagem do Papa Francisco em que ele pedia à Deus conforto e cura aos sobreviventes, coragem e esperança aos atingidos pela tragédia. 

Flores, camisa e bandeira da Chapecoense foram entregues à esposa do ex-presidente do clube, Sandro Pallaoro, morto no acidente.

O técnico do Atlético Nacional, Reinaldo Rueda, e o embaixador da Colômbia no Brasil, Alejandro Borba, receberam homenagens. Antes do final da cerimônia, Borba fez um discurso breve e emocionado e foi ovacionado.

Militares de Santa Catarina também prestaram honras ao som de Va Pensiero, de Giussepe Verdi, e fizeram uma salva de tiros.

— Estamos com vocês. Sempre estaremos com vocês. Força Chape. Eternos campeões — disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

No telão foi exibido vídeo com mensagens de jogadores e ex-jogadores, entre eles Neymar, Juninho Pernambucano e Roberto Dinamite enquanto familiares e amigos caminharam pelo gramado com as fotos dos jogadores, jornalistas e dirigentes vítimas da tragédia.

Ao final, o apresentador da RBS TV, Mário Motta, agradeceu o público e as homenagens e encerrou:

—Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.

Os corpos que não serão sepultados em Chapecó foram os primeiros a deixar a Arena Condá rumo às cidades em que ocorrerão os enterros de cada um.

(Fonte: ClicRBS/RS)

03 dez 16 | 16h30 Por Rádio Aliança

Cerca de 20 mil dão adeus às vítimas de acidente na Arena Condá

Mesmo com a chuva, população comparece ao estádio e arredores para se despedir dos mortos em desastre aéreo.

Cerca de 20 mil dão adeus às vítimas de acidente na Arena Condá

Chapecó deu um último adeus às vítimas do acidente da Chapecoense durante a cerimônia de homenagem na tarde deste sábado, dia três, no estádio Arena Condá. Sob forte chuva, o velório teve duração de três horas e foi marcado por mensagens de gratidão e esperança. Ao final, o publicou vibrou e cantou junto o famoso grito da torcida: "vamos, vamos Chape! Vamos, vamos Chape!".

Após as honras militares no desembarque no aeroporto Serafin Enoss Bertaso, às 11h15, os caixões foram levados em caminhões abertos num cortejo fúnebre de uma hora e 20 minutos pelas principais vias da cidade. Os caixões chegaram por volta de 12h no estádio e, um a um, levados até o gramado em área reservada para familiares e amigos dos jogadores e da equipe técnica do time.

O presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, foi o primeiro a discursar na cerimônia e pediu aos torcedores que mantenham a esperança e honrem seus heróis. Ele assegurou que o time vai continuar. Vestindo a camisa do Atlético Nacional, o prefeito de Chapecó Luciano Buligon agradeceu o povo colombiano por todo auxílio. O presidente Michel Temer e o governador Raimundo Colombo participaram da cerimônia, mas não se pronunciaram.

Cerca de 20 mil pessoas compareceram à Arena Condá para o velório coletivo. Um dos momentos emocionantes foi quando o mascote da Chapecoense, o indiozinho Carlos Miguel, de 5 anos, entrou no estádio. Alguns familiares entraram na sequência vestindo camisetas brancas com os nomes das vítimas. Um balão branco foi solto ao passo que cada vítima ia sendo anunciada. 

Antes do início da cerimônia, a mãe do goleiro Danilo, dona Ilaídes Padilha, conhecida por confortar um repórter ao vivo, foi uma das mais aplaudidas pela torcida. Moradores da cidade e torcedores, não só da Chapecoense, mas de tantos outros times do Brasil e do mundo, observaram a cerimônia da arquibancada. Telões também foram montados no estádio. 

O ex-jornalista da Rede Globo Cid Moreira leu dois trechos bíblicos durante a homenagem. O bispo da Diocese de Chapecó, Dom Odelir José Magri, leu uma mensagem do Papa Francisco em que ele pedia à Deus conforto e cura aos sobreviventes, coragem e esperança aos atingidos pela tragédia. 

Flores, camisa e bandeira da Chapecoense foram entregues à esposa do ex-presidente do clube, Sandro Pallaoro, morto no acidente.

O técnico do Atlético Nacional, Reinaldo Rueda, e o embaixador da Colômbia no Brasil, Alejandro Borba, receberam homenagens. Antes do final da cerimônia, Borba fez um discurso breve e emocionado e foi ovacionado.

Militares de Santa Catarina também prestaram honras ao som de Va Pensiero, de Giussepe Verdi, e fizeram uma salva de tiros.

— Estamos com vocês. Sempre estaremos com vocês. Força Chape. Eternos campeões — disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

No telão foi exibido vídeo com mensagens de jogadores e ex-jogadores, entre eles Neymar, Juninho Pernambucano e Roberto Dinamite enquanto familiares e amigos caminharam pelo gramado com as fotos dos jogadores, jornalistas e dirigentes vítimas da tragédia.

Ao final, o apresentador da RBS TV, Mário Motta, agradeceu o público e as homenagens e encerrou:

—Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.

Os corpos que não serão sepultados em Chapecó foram os primeiros a deixar a Arena Condá rumo às cidades em que ocorrerão os enterros de cada um.

(Fonte: ClicRBS/RS)