Nossa Opinião

03 nov 16 | 9h17 Por Rádio Aliança

PT sofre um duro golpe nas urnas

No quadrante nacional, pelos resultados das urnas, a situação do PT é bem pior do que em Concórdia, pelo menos em tese.

PT sofre um duro golpe nas urnas
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PT sofre um duro golpe nas urnas*

Entre o discurso e a prática, entre o que os analistas imaginam e o que acontece na realidade das urnas existe uma grande diferença. Ao encerrar as eleições em segundo turno, onde o PT disputou sete prefeituras e perdeu todas, além das derrotas já computadas em dois de outubro, a realidade que se apresenta com dados e fatos é dramática para o PT. O partido perdeu 61% das prefeituras quando comparados os números de agora com 2012

 

O PT perdeu na Grande São Paulo

O PT, que tinha 9 prefeituras dos 39 municípios da região, agora tem apenas um prefeito. Além de São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad perdeu as eleições para João Doria (PSDB), o partido perdeu as prefeituras de Santo André, São Bernardo do Campo e Mauá, na região do ABC, além de Guarulhose Osasco.

 

O PT perdeu no Rio Grande do Sul

Com políticos eleitos para comandar prefeituras de 72 municípios gaúchos em 2012, o PT viu seu prestígio cair nas eleições deste ano no Estado. Em 2016, o partido chegou ao Executivo municipal em 38 cidades no Rio Grande do Sul: 34 a menos do que nas últimas eleições, o que representa uma queda de 47,2%.


O PT perdeu em Concórdia

Partido completa em 2016, quatro mandatos de prefeito em Concórdia, o que convenhamos não é pouca coisa. Embora bem avaliado pela população, o PT de Concórdia ruiu junto com o nacional. Depois de vitórias com ampla diferença, a menor delas foi em 2012 – um prenúncio do que estava a caminho agora em 2016.

Pois, os trabalhadores perderam, por obra do destino, exatamente quando um sindicalista por excelência era o candidato - O Partido dos Trabalhadores foi criado em 1980, impulsionado pelo movimento sindical do ABC. No fim da década de 1970, Lula era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e comandou greves por melhores salários que desafiaram a ditadura.

Neuri Santhier tem sua essência na atuação sindical, assim como Lula. No caso do líder nacional, foram várias tentativas até a vitória nas urnas para o Executivo. No caso do líder em Concórdia, fica a pergunta. Qual será o caminho de Santhier. Ele vai permanecer na Luta e será candidato novamente em 2020?

 

O futuro do PT

No quadrante nacional, pelos resultados das urnas, a situação do PT é bem pior do que em Concórdia, pelo menos em tese. Embora, aqui a derrota depois de 16 anos é tão dura quanto as outras tantas Brasil a fora.

A grande questão, tanto aqui quanto lá, é saber se as lideranças partidárias terão forças para reerguer o partido ou haverá uma debandada a partir de janeiro. Todos sabemos que manter o partido com o governo na mão é bem mais fácil do que estando fora dele. Embora, o PT sempre soube muito bem fazer oposição. Eu diria, que na esfera nacional foi bem melhor na oposição do que no governo onde foi igual ou pior, sobretudo na questão do cuidado com o dinheiro público.

Aqui em Concórdia, os comparativos são com o ciclo que se encerrou ainda em 2000. Em janeiro, com a chegada ao governo da dupla Rogério e Massocco teremos o início de um novo Ciclo. Para mim será, também, o início de uma fase comparativos de governo. Quando melhor for o trabalho de Pacheco mais distante estará o PT da prefeitura e vice-versa.

Ainda sobre os comparativos

Para chegarmos a esta fase, pelo que imagino, será necessário um período para adaptações do novo governo. Algo em torno de 100 dias. Digo isso, pois imagino que na fase chamada de “transição de governo” pouco vai se avançar. Logo, para o governo Pacheco começar de fato e de direito, será necessário colocar a mão na massa.

Ainda sobre comparações

Do ponto de vista das equipes, este comparativo pode iniciar já em novembro/dezembro – período em que a Pacheco e Massocco devem montar o governo. De minha parte, prefiro dar tempo ao tempo. Antes de analisar os nomes separadamente, penso que o melhor e mais justo é esperar o time jogar. Sobretudo, pelo fato de Pacheco, repetidas vezes ter afirmado que vai montar uma equipe a partir de critérios técnicos. Como os técnicos, em regra são menos falantes que os políticos. O melhor é deixar o jogo começar, com a calma e a prudência necessária. Alias, como tem sido as falas do prefeito eleito.

 

* Página Quatro Diário do Oeste - Coluna circula todas as quartas e sábados.

03 nov 16 | 9h17 Por Rádio Aliança

PT sofre um duro golpe nas urnas

No quadrante nacional, pelos resultados das urnas, a situação do PT é bem pior do que em Concórdia, pelo menos em tese.

PT sofre um duro golpe nas urnas

PT sofre um duro golpe nas urnas*

Entre o discurso e a prática, entre o que os analistas imaginam e o que acontece na realidade das urnas existe uma grande diferença. Ao encerrar as eleições em segundo turno, onde o PT disputou sete prefeituras e perdeu todas, além das derrotas já computadas em dois de outubro, a realidade que se apresenta com dados e fatos é dramática para o PT. O partido perdeu 61% das prefeituras quando comparados os números de agora com 2012

 

O PT perdeu na Grande São Paulo

O PT, que tinha 9 prefeituras dos 39 municípios da região, agora tem apenas um prefeito. Além de São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad perdeu as eleições para João Doria (PSDB), o partido perdeu as prefeituras de Santo André, São Bernardo do Campo e Mauá, na região do ABC, além de Guarulhose Osasco.

 

O PT perdeu no Rio Grande do Sul

Com políticos eleitos para comandar prefeituras de 72 municípios gaúchos em 2012, o PT viu seu prestígio cair nas eleições deste ano no Estado. Em 2016, o partido chegou ao Executivo municipal em 38 cidades no Rio Grande do Sul: 34 a menos do que nas últimas eleições, o que representa uma queda de 47,2%.


O PT perdeu em Concórdia

Partido completa em 2016, quatro mandatos de prefeito em Concórdia, o que convenhamos não é pouca coisa. Embora bem avaliado pela população, o PT de Concórdia ruiu junto com o nacional. Depois de vitórias com ampla diferença, a menor delas foi em 2012 – um prenúncio do que estava a caminho agora em 2016.

Pois, os trabalhadores perderam, por obra do destino, exatamente quando um sindicalista por excelência era o candidato - O Partido dos Trabalhadores foi criado em 1980, impulsionado pelo movimento sindical do ABC. No fim da década de 1970, Lula era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e comandou greves por melhores salários que desafiaram a ditadura.

Neuri Santhier tem sua essência na atuação sindical, assim como Lula. No caso do líder nacional, foram várias tentativas até a vitória nas urnas para o Executivo. No caso do líder em Concórdia, fica a pergunta. Qual será o caminho de Santhier. Ele vai permanecer na Luta e será candidato novamente em 2020?

 

O futuro do PT

No quadrante nacional, pelos resultados das urnas, a situação do PT é bem pior do que em Concórdia, pelo menos em tese. Embora, aqui a derrota depois de 16 anos é tão dura quanto as outras tantas Brasil a fora.

A grande questão, tanto aqui quanto lá, é saber se as lideranças partidárias terão forças para reerguer o partido ou haverá uma debandada a partir de janeiro. Todos sabemos que manter o partido com o governo na mão é bem mais fácil do que estando fora dele. Embora, o PT sempre soube muito bem fazer oposição. Eu diria, que na esfera nacional foi bem melhor na oposição do que no governo onde foi igual ou pior, sobretudo na questão do cuidado com o dinheiro público.

Aqui em Concórdia, os comparativos são com o ciclo que se encerrou ainda em 2000. Em janeiro, com a chegada ao governo da dupla Rogério e Massocco teremos o início de um novo Ciclo. Para mim será, também, o início de uma fase comparativos de governo. Quando melhor for o trabalho de Pacheco mais distante estará o PT da prefeitura e vice-versa.

Ainda sobre os comparativos

Para chegarmos a esta fase, pelo que imagino, será necessário um período para adaptações do novo governo. Algo em torno de 100 dias. Digo isso, pois imagino que na fase chamada de “transição de governo” pouco vai se avançar. Logo, para o governo Pacheco começar de fato e de direito, será necessário colocar a mão na massa.

Ainda sobre comparações

Do ponto de vista das equipes, este comparativo pode iniciar já em novembro/dezembro – período em que a Pacheco e Massocco devem montar o governo. De minha parte, prefiro dar tempo ao tempo. Antes de analisar os nomes separadamente, penso que o melhor e mais justo é esperar o time jogar. Sobretudo, pelo fato de Pacheco, repetidas vezes ter afirmado que vai montar uma equipe a partir de critérios técnicos. Como os técnicos, em regra são menos falantes que os políticos. O melhor é deixar o jogo começar, com a calma e a prudência necessária. Alias, como tem sido as falas do prefeito eleito.

 

* Página Quatro Diário do Oeste - Coluna circula todas as quartas e sábados.