Saúde

13 set 16 | 6h00 Por Rádio Aliança

Aumentam os casos de sífilis em Concórdia

Número confirmado em 2016 já é maior que todo o ano de 2015.

Aumentam os casos de sífilis em Concórdia
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A Secretaria Municipal da Saúde de Concórdia está preocupada com a incidência de sífilis no município. Conforme dados da própria secretaria, está havendo aumento no número de pessoas que contraíram a bactéria causadora da doença nos últimos meses.

Conforme a diretora de saúde da pasta, enfermeira Maria Cristina Berta, em todo o ano de 2015, a sífilis foi diagnosticada em 40 adultos. Neste ano, de janeiro a agosto, já são 46 indivíduos infectados. Desses, nove são gestantes.

Em entrevista à Rádio Aliança, Maria Cristina Berta, afirma que a principal causa desse aumento é a relação sexual sem o uso de preservativo. "As pessoas estão tão preocupadas com a Aids e esquecem do fato de haver outras doenças sexualmente transmissíveis e que precisam ser diagnosticadas", analisa.

Conforme Maria Cristina, a secretaria Municipal da Saúde está realizando os testes rápidos para o diagnóstico da sífilis nos postos de saúde. 

A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é geralmente transmitida via contato sexual e que entra no corpo por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas.

Alguns fatores são considerados de risco para contrair sífilis. Confira:

-Manter relações sexuais desprotegidas com uma ou mais pessoas
-Estar infectado com o vírus do HIV, causador da Aids.

Sintomas de Sífilis

A sífilis desenvolve-se em diferentes estágios, e os sintomas variam conforme a doença evolui. No entanto, as fases podem se sobrepor umas às outras. Os sintomas, portanto, podem seguir ou não uma ordem determinada. Geralmente, a doença evolui pelos seguintes estágios: primário, secundário, latente e terciário.

Sífilis primária

A sífilis primária é o primeiro estágio. Cerca de duas a três semanas após o contágio, formam-se feridas indolores (cancros) no local da infecção. Não é possível observar as feridas ou qualquer sintoma, principalmente se as feridas estiverem situadas no reto ou no colo do útero. As feridas desaparecem em cerca de quatro a seis semanas depois, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se dormente (inativa) no organismo nesse estágio.

Sífilis secundária

A sífilis secundária acontece cerca de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio. Aqui, o paciente pode apresentar dores musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para deglutir. Esses sintomas geralmente somem sem tratamento e, mais uma vez, a bactéria fica inativa no organismo.

Sífilis latente

Esse é o período correspondente ao estágio inativo da sífilis, em que não há sintomas. Esse estágio pode perdurar por anos sem que a pessoa sinta nada. A doença pode nunca mais se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se desenvolva para o próximo estágio, o terciário – e mais grave de todos.

Sífilis terciária

Este é o estágio final da sífilis. A infecção se espalha para áreas como cérebro, sistema nervoso, pele, ossos, articulações, olhos, artérias, fígado e até para o coração. Aproximadamente 15 a 30% das pessoas infectadas não tratadas desenvolvem o estágio terciário da doença.

Sífilis congênita

A sífilis pode, ainda, ser congênita. Nela, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma da doença. No entanto, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidades nos dentes.

13 set 16 | 6h00 Por Rádio Aliança

Aumentam os casos de sífilis em Concórdia

Número confirmado em 2016 já é maior que todo o ano de 2015.

Aumentam os casos de sífilis em Concórdia

A Secretaria Municipal da Saúde de Concórdia está preocupada com a incidência de sífilis no município. Conforme dados da própria secretaria, está havendo aumento no número de pessoas que contraíram a bactéria causadora da doença nos últimos meses.

Conforme a diretora de saúde da pasta, enfermeira Maria Cristina Berta, em todo o ano de 2015, a sífilis foi diagnosticada em 40 adultos. Neste ano, de janeiro a agosto, já são 46 indivíduos infectados. Desses, nove são gestantes.

Em entrevista à Rádio Aliança, Maria Cristina Berta, afirma que a principal causa desse aumento é a relação sexual sem o uso de preservativo. "As pessoas estão tão preocupadas com a Aids e esquecem do fato de haver outras doenças sexualmente transmissíveis e que precisam ser diagnosticadas", analisa.

Conforme Maria Cristina, a secretaria Municipal da Saúde está realizando os testes rápidos para o diagnóstico da sífilis nos postos de saúde. 

A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é geralmente transmitida via contato sexual e que entra no corpo por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas.

Alguns fatores são considerados de risco para contrair sífilis. Confira:

-Manter relações sexuais desprotegidas com uma ou mais pessoas
-Estar infectado com o vírus do HIV, causador da Aids.

Sintomas de Sífilis

A sífilis desenvolve-se em diferentes estágios, e os sintomas variam conforme a doença evolui. No entanto, as fases podem se sobrepor umas às outras. Os sintomas, portanto, podem seguir ou não uma ordem determinada. Geralmente, a doença evolui pelos seguintes estágios: primário, secundário, latente e terciário.

Sífilis primária

A sífilis primária é o primeiro estágio. Cerca de duas a três semanas após o contágio, formam-se feridas indolores (cancros) no local da infecção. Não é possível observar as feridas ou qualquer sintoma, principalmente se as feridas estiverem situadas no reto ou no colo do útero. As feridas desaparecem em cerca de quatro a seis semanas depois, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se dormente (inativa) no organismo nesse estágio.

Sífilis secundária

A sífilis secundária acontece cerca de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio. Aqui, o paciente pode apresentar dores musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para deglutir. Esses sintomas geralmente somem sem tratamento e, mais uma vez, a bactéria fica inativa no organismo.

Sífilis latente

Esse é o período correspondente ao estágio inativo da sífilis, em que não há sintomas. Esse estágio pode perdurar por anos sem que a pessoa sinta nada. A doença pode nunca mais se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se desenvolva para o próximo estágio, o terciário – e mais grave de todos.

Sífilis terciária

Este é o estágio final da sífilis. A infecção se espalha para áreas como cérebro, sistema nervoso, pele, ossos, articulações, olhos, artérias, fígado e até para o coração. Aproximadamente 15 a 30% das pessoas infectadas não tratadas desenvolvem o estágio terciário da doença.

Sífilis congênita

A sífilis pode, ainda, ser congênita. Nela, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma da doença. No entanto, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidades nos dentes.