Educação

19 mai 16 | 0h42 Por Rádio Aliança

Escola Eugênio Pozzo aguarda 14 anos por reforma

Mesmo aprovada no Orçamento Participativo obra não saiu do papel

Escola Eugênio Pozzo aguarda 14 anos por reforma
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Professores, pais e alunos da Escola Básica Eugênio Pozzo, do bairro dos Estados, praticamente lotaram o plenário da Câmara de Vereadores, na sessão de quarta-feira, 18. O objetivo foi reivindicar por uma reforma geral do educandário, que não recebe nenhuma melhoria significativa há 14 anos. O presidente da Associação de Pais e Professores (APP) da escola, Dirceu Assmann, utilizou a tribuna do Legislativo para relatar a situação da escola e os diversos encaminhamentos, em busca das melhorias, que iniciaram ainda em 2008.

Dirceu afirmou que mesmo com as dificuldades estruturais, os professores não “baixaram a cabeça” e continuam oferecendo o melhor aos alunos. O presidente da APP relatou que ainda em 2011, o então secretário Municipal da Educação, Santo de Luca, sugeriu a comunidade escolar que houvesse uma mobilização em torno da causa em uma reunião do Orçamento Participativo (OP). “A comunidade se engajou e conseguimos a aprovação da obra naquele ano, para a execução em 2012. Inclusive a obra estava em um folder do OP, mas nada foi feito”, declarou Dirceu.

O presidente da APP relatou ainda, que a partir deste ano, procurou por várias vezes o gabinete do prefeito João Girardi, com a intenção de pleitear a obra de reforma, mas sem sucesso. O representante da escola foi encaminhado àsecretária da Educação, Samira Furlan, que visitou a escola, conferiu as demandas existentes e se comprometeu com a reforma. “Mas as informações que recebo é de que a obra está orçada em mais de R$ 700 mil e que o ano não é favorável economicamente. A escola atende 365 anos da pré-escola ao nono ano do ensino fundamental e já tinha esta necessidade há muitos anos, antes da crise. Se a obra tivesse sido feita antes, não teria todo este custo”, analisou Dirceu.

Reivindicação

Todos os vereadores se demonstraram solidários a causa da comunidade escolar da Eugênio Pozzo. Muitos foram os pronunciamentos sobre o assunto, com destaques para as cobranças feitas pela vereadora Denise Justi Lopes (PR), que já havia feito indicações sobre a reforma em 2014 e 2015. “Para a indicação de 2014, recebi uma resposta alegando que a estrutura física dos educandários recebiam vistorias constantes e que a administração estava organizando a reforma, sendo que a escola seria contemplada naquele ano, sendo que o projeto estava em processo de finalização. Em 2015, responderam que a reivindicação seria encaminhada a secretaria competente”, explicou a vereadora, que comprovou a extrema necessidade da escola com fotos que registram problemas estruturais em portas, teto, chão, pintura e portão da escola.

Posicionamentos dos vereadores quanto à demanda da escola

Rogério Pacheco (PSDB) demonstrou-se surpreso com o tempo de espera da escola. “Imaginava que eram 10 anos, mas 14 anos é muita coisa. A obra ficou apenas no discurso e volto a dizer, que o OP não é mais uma ferramenta unânime, pois são muitas as obras em atraso. Não se pode ficar empurrando o problema com a barriga”, comentou. Edilson Massocco (PR) disse estar triste com o descaso e afirmou que obra em escola não deveria ser negociada pelo OP. Citou os exemplos das escolas Theobaldo Magarinos e Cipriano Chardon, que também tiveram que se mobilizar na Câmara de Vereadores para conquistar as melhorias.

Dirceu Biondo (PR) questionou a vinda de uma universidade para Concórdia, quando não se tem uma boa escola de ensino fundamental. Falou das parcelas pagas pela aquisição do terreno para instalação da Universidade Federal da Fronteira Sul, recurso este, que poderia ser utilizado para investimentos nas escolas. “Concórdia é primeira colocada no Índice Firjan por quatro anos seguidos e não entendo estes problemas nas escolas. Queria conhecer a estrutura dos municípios que estão lá atrás. Quer dizer que temos que ficar felizes, que tem coisa bem pior?”, questionou.

Ruimar Scortegagna (PT) afirmou que os municípios estão sobrecarregados de compromissos, que seriam do Estado, como a merenda escolar e transporte. “Com maiores compromissos, reduzem os recursos que seriam para investimentos. Só quem está no governo entende isso”, comentou. Vilmar Comassetto (PCdoB) disse que a mobilização da comunidade escolar caracterizou a Câmara como a verdadeira casa do povo e que o legislativo não deixará de prestar apoio para sensibilizar o governo. O líder do governo na Câmara, Evandro Pegoraro (PT), destacou o ato democrático e afirmou que levará a reivindicação para a administração municipal. No entanto, enfatizou a questão do ano conturbado economicamente, com registros de queda na arrecadação. “Mas temos que lutar”, finalizou Pegoraro.

Fonte: ASCOM/Câmara

19 mai 16 | 0h42 Por Rádio Aliança

Escola Eugênio Pozzo aguarda 14 anos por reforma

Mesmo aprovada no Orçamento Participativo obra não saiu do papel

Escola Eugênio Pozzo aguarda 14 anos por reforma

Professores, pais e alunos da Escola Básica Eugênio Pozzo, do bairro dos Estados, praticamente lotaram o plenário da Câmara de Vereadores, na sessão de quarta-feira, 18. O objetivo foi reivindicar por uma reforma geral do educandário, que não recebe nenhuma melhoria significativa há 14 anos. O presidente da Associação de Pais e Professores (APP) da escola, Dirceu Assmann, utilizou a tribuna do Legislativo para relatar a situação da escola e os diversos encaminhamentos, em busca das melhorias, que iniciaram ainda em 2008.

Dirceu afirmou que mesmo com as dificuldades estruturais, os professores não “baixaram a cabeça” e continuam oferecendo o melhor aos alunos. O presidente da APP relatou que ainda em 2011, o então secretário Municipal da Educação, Santo de Luca, sugeriu a comunidade escolar que houvesse uma mobilização em torno da causa em uma reunião do Orçamento Participativo (OP). “A comunidade se engajou e conseguimos a aprovação da obra naquele ano, para a execução em 2012. Inclusive a obra estava em um folder do OP, mas nada foi feito”, declarou Dirceu.

O presidente da APP relatou ainda, que a partir deste ano, procurou por várias vezes o gabinete do prefeito João Girardi, com a intenção de pleitear a obra de reforma, mas sem sucesso. O representante da escola foi encaminhado àsecretária da Educação, Samira Furlan, que visitou a escola, conferiu as demandas existentes e se comprometeu com a reforma. “Mas as informações que recebo é de que a obra está orçada em mais de R$ 700 mil e que o ano não é favorável economicamente. A escola atende 365 anos da pré-escola ao nono ano do ensino fundamental e já tinha esta necessidade há muitos anos, antes da crise. Se a obra tivesse sido feita antes, não teria todo este custo”, analisou Dirceu.

Reivindicação

Todos os vereadores se demonstraram solidários a causa da comunidade escolar da Eugênio Pozzo. Muitos foram os pronunciamentos sobre o assunto, com destaques para as cobranças feitas pela vereadora Denise Justi Lopes (PR), que já havia feito indicações sobre a reforma em 2014 e 2015. “Para a indicação de 2014, recebi uma resposta alegando que a estrutura física dos educandários recebiam vistorias constantes e que a administração estava organizando a reforma, sendo que a escola seria contemplada naquele ano, sendo que o projeto estava em processo de finalização. Em 2015, responderam que a reivindicação seria encaminhada a secretaria competente”, explicou a vereadora, que comprovou a extrema necessidade da escola com fotos que registram problemas estruturais em portas, teto, chão, pintura e portão da escola.

Posicionamentos dos vereadores quanto à demanda da escola

Rogério Pacheco (PSDB) demonstrou-se surpreso com o tempo de espera da escola. “Imaginava que eram 10 anos, mas 14 anos é muita coisa. A obra ficou apenas no discurso e volto a dizer, que o OP não é mais uma ferramenta unânime, pois são muitas as obras em atraso. Não se pode ficar empurrando o problema com a barriga”, comentou. Edilson Massocco (PR) disse estar triste com o descaso e afirmou que obra em escola não deveria ser negociada pelo OP. Citou os exemplos das escolas Theobaldo Magarinos e Cipriano Chardon, que também tiveram que se mobilizar na Câmara de Vereadores para conquistar as melhorias.

Dirceu Biondo (PR) questionou a vinda de uma universidade para Concórdia, quando não se tem uma boa escola de ensino fundamental. Falou das parcelas pagas pela aquisição do terreno para instalação da Universidade Federal da Fronteira Sul, recurso este, que poderia ser utilizado para investimentos nas escolas. “Concórdia é primeira colocada no Índice Firjan por quatro anos seguidos e não entendo estes problemas nas escolas. Queria conhecer a estrutura dos municípios que estão lá atrás. Quer dizer que temos que ficar felizes, que tem coisa bem pior?”, questionou.

Ruimar Scortegagna (PT) afirmou que os municípios estão sobrecarregados de compromissos, que seriam do Estado, como a merenda escolar e transporte. “Com maiores compromissos, reduzem os recursos que seriam para investimentos. Só quem está no governo entende isso”, comentou. Vilmar Comassetto (PCdoB) disse que a mobilização da comunidade escolar caracterizou a Câmara como a verdadeira casa do povo e que o legislativo não deixará de prestar apoio para sensibilizar o governo. O líder do governo na Câmara, Evandro Pegoraro (PT), destacou o ato democrático e afirmou que levará a reivindicação para a administração municipal. No entanto, enfatizou a questão do ano conturbado economicamente, com registros de queda na arrecadação. “Mas temos que lutar”, finalizou Pegoraro.

Fonte: ASCOM/Câmara